terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Nox

eu só vivo por causa tua.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Máscara negra

Tanto riso, oh quanta alegria
Mais de mil palhaços no salão
Arlequim está chorando pelo amor da Colombina
No meio da multidão

Foi bom te ver outra vez
Tá fazendo um ano
Foi no carnaval que passou
Eu sou aquele Pierrot
Que te abraçou
Que te beijou, meu amor
A mesma máscara negra
Que esconde o teu rosto
Eu quero matar a saudade
Vou beijar-te agora
Não me leve a mal
Hoje é carnaval.

Será que um dia ainda existirão Pierrot's dispostos a chorar por Colombinas? Será que não existe nem a malandragem do Arlequim a qual se apegar? Da ultima vez que eu li Os Miseráveis, fui abatido por uma imensa nostalgia.

Em meio a Gastronomia Molecular, alta tecnologia e futilidade dispendiosa, eu sinto saudade do que nunca vivi.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

O gelo.

Acabou de dar na Tv, um projeto tremitando no congresso nacional. Não sei se vai sair, como sempre as coisas no Brasil terminam em pizza. Um projeto pra [b]proteger os professores de agressões cometidas por alunos[/b]. Não, parece brincadeira. Cara, é simplismente RIDÍCULO ter que haver uma LEI pra isso! É o mínimo da educação obrigatória, velho. Mas, como já citado, estamos no Brasil, chinelagem pura!
Vai pra UK, ou pra ser mais abrangente e não tão 'puxa-saco', pra qualquer parte do mundo. Antes do cara [b]pensar[/b] em responder, já tá suspenso. E na minha opinião, é o mais correto. Claro, tem professores horríveis e que muitas vezes não estão com a razão. Aí vale a pena discutir pra provar teu pensamento. Mas agressão? Isso é coisa de macaco, não de gente. Que tal repensar os atos, antes de se achar dono da razão e fazer merda?


- To triste.

'Cause you know I'd walk a thousand miles if I could just see you... Tonight!

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Sobre um amor

E será nas proximidades

Do que chamam de armeiro

Do ano, anti-segundo mês

Após o vigésimo terceiro.

Virá a solenidade

Que durará mais de mês

Passará da data

Lá pelo terceiro mês.

E então ocorrerá

O que de sublime pode acontecer

Menos que o ideal

Mais do que não se pode ver.

E selará para sempre

O que certa vez foi dito

Anotado, registrado

E ainda mais, prometido.

E da extraviada passará

Algum espaço a mais

Dessa vez não entornará

Esquecê-la, jamais.

A resposta está aí

Se pode perceber,

Só não percebe o cego que não quer ver.

Ela se encontra

Perdida nas entrelinhas

Fique com as tentativas, amor

Porque a resposta é só minha!

Sobre uma vida.

Um dia tu nasce. Fica lá, durante nove meses, enchendo o saco da tua mãe. Aí tu veio, chorão e mijão. Tu custa a te acostumar com esse mundo estranho, que todo mundo te olha com caras bizarras e faz barulhos estranhos. Só mais tarde é que tu vais descobrir que eles estavam só tentando te agradar e te fazer rir. Tu passa pela fase das fraldas e entra na tua infância, que é recheada de surpresas agradáveis. Ou não, em diversos casos. Tu aprende que se tu botar os dedos nos dois buraquinhos da parede, tu não vais virar o aspirador da tua mãe e sair sugando tudo, mas vai tomar um baita choque e chorar meia hora até alguém te acalmar. Vai ser assim com a tua primeira bicicleta, que tu vai cair e ralar os joelhos umas mil vezes até aprender a pedalar. Tu vai descobrir pra que existe aquele troço pendurado em ti, que todo mundo insiste em chamar de piu-piu. Tu vai pro colégio pela primeira vez e lá tu vai ver muita gente igual a ti, mas com costumes diferentes. Tu vais ter o amigo que come cola, a guriazinha que é toda metida e sabe amarrar os cadarços e os caras malvadões, que formam gangs, e o principal delito é estourar caixa de Toddynho. Com muito esforço tu vais te enturmar e fazer teu círculo de amizades, que vai durar por muito anos. A duras penas tu aprende que tem sim que estudar pras provas das séries mais adiantadas, e que ser goleiro da turma nem sempre é garantia de sucesso. Tu começa a ver desenhos e seguir a moda deles, e faz o teu máximo pra ser o melhor da turma. Tu passa pelo fundamental e vai pro médio, e a tua cinta aperta. Tu tenta de todo jeito seguir as influências do momento, e ser aceito pelo maior número possível de pessoas, quem sabe até ser popular! E tu descobre que a coisa não é assim, e que ninguém é teu amigo, e que o teu rim está a prêmio, muitas das vezes. E tu supera tua timidez e tenta tua primeira namorada. Tu gagueja, treme, baba, vira os olhos, esfrega as mãos, supera teus medos, te declara, te arruma todo, chega nela e ela te dá um pé na bunda. E aí tu chora, enquanto tenta passar de ano e decidir teu futuro, conciliando vida social, amigos, colégio, amor e tudo mais. Aí tu arrumas uma namorada, termina o colégio, e lá vem mais problemas. Tu tenta manter teu namoro enquanto faz a decisão da tua vida. Tu decide que caminho seguir, começa a faculdade, tentando subir na vida. E aí tenta estágio e primeiro emprego, vira noites estudando, passa no teste e vai trabalhar, completamente livre das preocupações juvenis. Aí vem água, luz, telefone, roupa, comida, e tu vira mais noites trabalhando, e rala pra conseguir viver, enquanto tem gente tentando te derrubar. E aí tu casa com aquela mulher linda, que é a tua namorada, e vocês vão ser felizes juntos. Tu rala mais ainda e sobe de posto, melhora de vida, e o nível de vocês tá em alta, quando ele vem. O mijão vai habitar tua esposa por 9 meses, assim como tu fez, e vai ser a aliança máxima do casal. E aí, meu irmão, tu vai ver que o que era suficiente pra vocês, agora é pouco. E tu batalha mais ainda, consegue um cargo super bom, e trabalha que nem um cavalo, e não dorme denoite, porque o chorão sujou as fraldas. E tu segue batalhando, matando quem quer te matar, e aguentando reuniões de pais na escola, onde tu descobre que o teu filho atirou uma caixa de Toddynho no nariz do coleguinha. E tu fica velho, e é uma luta pra se aposentar, e quando se aposenta, é outra luta pra receber. E tu tem que aguentar teu neto atirando pedra e mexendo nas tuas coisas, e tu faz das tripas um coração pra todos a tua volta serem felizes, viverem felizes, terem um futuro promissor...


E aí tu morre.



Qual o fundamento disso?

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Sobre um tempo passado.

Faz tempo que eu escrevi isso num Fotolog antigo... mas acho que vale pra agora...

Que ironia... quanto mais o tempo passa, mais as coisas seguem iguais.
Nem me lembro a ultima vez que eu olhei a volta e pensei coisas boas em relação a outros. Mas confesso que não estou nadinha surpreso com isso. Quem eu esperava tá aí.
Eu nem me importo mais. Quando eu me toquei que não era obrigação minha arrumar cagadas alheias, minha vida deu um pulo, e hoje, eu posso dizer satisfeito que tenho tudo que almejo. Eu tenho casa, tenho família, tenho comida, tenho música, tenho um grande amor pra chamar de
meu, tenho folhas de papel e uns lápis pra escrever, tenho a chuva, tenho o café, tenho medo e tenho força pra ver mais do que algumas nuvens insistentes permitem. Eu também tenho um sonho. E, mais do que nunca, esse sonho me é possível, eu vejo real, eu posso sentir ele. Meu sonho vai com ela também, e é só com ela que meus sonhos valem a pena. Que baita bobagem tudo que eu escrevi sobre piercing e tatuagem a alguns meses atrás. Que baita idiotice.
Mundo, eu acordei. Mundo, acolhe todos aqueles que valem a pena ser acolhidos.
Hoje eu só agradeço por ter amor e paz.


Ouvindo Sunset Street - The Raves

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Sobre um dia num lugar.

Hoje choveu o dia todo. Se eu gostei? Que pergunta.

Fora o fato de eu não ter podido ver ela, eu nunca me senti tão realizado. Finalmente um dia como eu queria. Pude sonhar com o lugar da foto sem me desiludir quando olhava pra rua. Agora abriu sol e meu humor despencou.

As vezes é difícil cair na realidade em que se vive. Vive-se imprecisão, respira-se desconfiança e sentencia-se desolamento quando o que se retrata não é o esperado. Expectativa demais só aumenta a frustração.

Mas um dia nós vamos, meu amor, vamos e não voltaremos. E não mais sonharei, mas sentirei na pele cada gota dessa chuva.

Fui pra terra da Rainha e conheci o outro lado; onde tudo funciona e a grana soluciona até medo de atentado. Eu pequei um Underground e conheci o lugar inteiro; no Brasil nosso Trem Bala faz no morro sua escala e o sonho é passageiro… Fui pra Terra da Rainha, e lá vi muito brasileiro que aqui só come e dorme, lá usa uniforme e trabalha o dia inteiro. Eu vi outra diferença, um 4 a 1 fenomenal; fui trocar nossa moeda, nossa alta é pura queda, nem parece que é real!