sábado, 17 de abril de 2010

Wtml

Foi hoje, quando me bateu a nostalgia, que eu peguei pra falar dessas coisas que dão na gente na hora, que depois a gente não lembra.
A foto da direita é uma cena do clipe de 'Welcome to my life' da banda Simple Plan. Esse é provavelmente o clipe que eu mais gosto no mundo todo, porque ele é um OBELISCO na minha juventude. 'Ah, mas não é tu que critica musica EMO, Juan?' - Não, não é eu. Eu critico porcaria, essas imitações Made'n Brazil super mal feitas, sem nenhuma criatividade, que pagam pau pros gringos e não tem conteúdo nenhum. Isso não é Emo. Música emo eu curto SIM, mas a verdadeira, o início, a que tem fundamento. Musicalidade, letra, isso não falta.
Voltando ao tema do assunto, eu fico completamente nostálgico e bisonho quando eu vejo esse clipe, porque ele me remete a sei lá, meus 14 anos, quando Simple Plan estourou, e eu ainda acompanhava o cenário Rock fervorosamente. O Desrosiers vestido como um EMO DE VERDADE, naquele cenário industrial (que convenhamos, é a cara dos Estados Unidos), meio Detroit, no melhor dos horários, lá por 2005, que foi o estouro da nova onda musical mundial. Caralho, o fim de tarde daquele clipe deu o toque que faltava. Eu me lembro do Homem-Aranha 2 quando lançaram no cinema, que eu fui ver com o pai, e uma das cenas era muito parecida, e eu fiquei fascinado com aquilo por dias!
Eu lembro de andar com roupas de emo antes de virar moda em 2008, e tu era só alternativo, tu nem tava ligado nas roupas, usava porque achava legal. Não era uma tribo gay, entende? Difamaram o EMO como se fosse um bando de viados chorando por tudo, e não é assim. É mais uma atitude de tu falar sem medo das coisas que tu sente, pra pessoas que podem se identificar com aquilo, não andar se fazendo de injustiçado.
Simple Plan foi uma banda que marcou demais a minha vida, fora essa musica, com várias outras que perpetuaram épocas da adolescência. Eu lembro de usar GROW UP no celular em 2008, como desaforo às pessoas que me diziam pra crescer. Caralho, eu curti aquele 2008 com o Vini. Eu não cresci naquele tempo.
Agora eu olho pra minha adolescência e vejo que teve sim um conteúdo. Quem viveu aquele tempo sabe como era bom não ter que se preocupar com estilo ou com roupa. Simplesmente se usava o que dava vontade, e ninguém te agredia de nenhuma forma por isso. Tu podia tocar nos festivais aí, mesmo mandinho que nem eu, e os 'grandões' saíam brincando e fazendo festa, te elogiando. Hoje se tua musica for um lixo mas teu tênis for bonito, tás famoso, senão, sai daqui com 'mais essa bandinha de merda'.
A adolescência de hoje vai olhar pra trás e vai pensar o que? Que conteúdo teve, em tudo que ouviu? Porra, a música é que molda a sociedade. Vai lembra que saiu com o cartão do pai, compra tudo e se distrai? Vai lembrar que dava pra fazer CRÉU liberado? Vai lembrar que foi mais um adolescente alienado, em meio a tantos? Que não aproveitou a melhor fase da vida porque tava preocupado com nada, que hoje é tudo? Liberdade é uma só.
Tá certo que eu fiquei velho...




... BUT EVERYBODY GOING CRAZY!

domingo, 11 de abril de 2010

Pra deixar de ser lóque.

Faz uns dois anos que eu critico veemente a televisão brasileira e a sua falta de conteúdo, e o modo evasivo como eles tratam assuntos polêmicos. O que eu realmente não esperava, era ler o que eu vou postar aqui.
Passeando por um dos melhores blogs opinativos que eu já li (www.abaiacaiu.blogspot.com), acabei dando de cara com um texto puta INÉDITO pra mim, que me fez repensar sobre a personalidade de FAUSTÃO.
Abre a fole, tio Bilia:

" Domingão,esse horário é jogo duro, o cara tem que agradar pai, mãe, nona,
cachorro – tá todo mundo vendo TV no domingo de tarde. Por isso não posso
ser arrogante e querer dar uma de intelectual, tenho que ser cúmplice do
público, levar pra lá o que ele quer ver. Se fosse por mim, 90% dos artistas
que cantam no programa não iriam, não tocam na minha casa. Sabe por que
existe espingarda de dois canos? Pra matar dupla sertaneja. Agora, tem que
ter o limite entre o popular e o apelativo. Pode ver, todos os programas que
partiram pra apelação pura saíram do ar.. O próprio público abandona.’ Big
Brother ‘Eu acho uma desgraça, ruim, uma merda mesmo. O Big Brother é um
fenômeno que só faz mal pra televisão, dá a impressão de que todo mundo que
trabalha no meio vive de festa, é vagabundo. Além do mais, o programa
deveria mostrar todas as camadas sociais, fazer um confronto mesmo. Em vez
disso bota lá garotão com garotona pra ver quem vai se pegar. Olha o Alemão,
o cara é simpático e tal, mas saiu do BB e foi dançar no meu programa. O que
aconteceu? O próprio público mandou ele pra casa. Depois foi pro Fantástico
e só fez merda.’ Novelas e panelas ‘Acho novela um troço horrível, não
assisto. Aliás, se tivesse que ser pago pra ver televisão, eu queria o dobro
do que ganho. Não que eu ache novela mal feita, mas tem um problema de
ritmo: ou é muito lenta, ou muito afobada. Além do mais, hoje em dia o autor
manda mais do que o diretor, então sempre escala os mesmo atores, é uma
panela. Aí fica só aquele chiadinho carioca, um saco mesmo.’ Independência
ao
RIO GRANDE DO SUL!’
Acho que o Rio Grande do Sul tinha mesmo era que se separar do Brasil,
falando sério.O povo de lá tem um nível de educação superior, além de uma
série de outras coisas. O gaúcho tem uma qualidade que falta ao Brasil, ele
sabe se posicionar, tomar partido, tem um talento nato pra isso. No resto do
país, é todo mundo em cima do muro, o que é péssimo em todos os sentidos.

Falo como paulista e garanto: a maioria dos brasileiros tem inveja dos
gaúchos."

* Fausto Silva.


Agora chupa essa manga, josé. Calei a boca sobre a Tv. Pelo menos por enquanto.


*Valeu pelo texto, Ju!

quarta-feira, 7 de abril de 2010

OldSchool

To ficando velho cara, me toquei disso desses tempos. Ou já sou velho e ainda não me caiu a ficha. Só pode ser isso, porque eu não lembro do tempo ter passado tão rápido assim. Tá certo que tem uns amigos que me chama de vovô, mas eu nunca saquei, e talvez agora eu possa usar uma bengala e um suéter com losangos sem me preocupar com comentários.
Eu odeio filosofia por motivos particulares, mas as 11 da manhã desse dia cinza e chuvoso (lê-se maravilhoso), eu parei pra refletir o que diabos aconteceu.
Começou ontem. Saí do colégio, e ao invés de pegar o costumeiro ônibus, peguei outro que também me servia e estava vazio. Fui tranquilo, até chegar na parada do IF Sul (que até hoje eu chamo de CEFET, porque NO MEU TEMPO era assim). Entrou um ex colega de escola, e meu primeiro instinto foi evantar e gritar 'FALA RAPAAAAAAAZ', mas duas coisas me impediram de realizar tal ato: a primeira é que eu me encontrava num lugar público, e não sou dado a fiascos; a segunda é que ele vinha acompanhado de dois amigos. Peraí... como assim dois amigos? Amigo dele era eu! Eu, o Menaré, o Bicudinho e o Sek! Aí eu fui me ligando, que eu já não estudava mais com ele; o Bicudinho agora é Felipe Garcia, tem namorada e tá concluindo os estudos; o Menaré é Anderson e tá bem mais sério; e o Sek é o Edicarlos Mendes, que tá em Santa Catarina trabalhando. E eu?
O segundo caso é que aqueles infelizes secretários do meu colégio, tão pedindo históricos e documentos do meu colégio antigo. Esse colégio antigo tem 80% da minha vida guardada pra si. Foi que nem uma casa pra mim por 13 anos, 13 longos e felizes (ou não) anos. Grande parte das minhas amizades eu fiz ali, meu primeiro beijo foi ali, minha primeira apresentação foi ali, eu participei de todas as gincanas e torneios e atividades, e conheci todas as pessoas, professores, funcionários... eu sei que parece saudosismo, mas não é nada disso. É que me traz muitas lembranças boas. Muitas.
Cheguei lá hoje demanhã e já estranhei não ver o Vini dar um pulo e fazer um fiasco, me gritando e xingando de longe. Ele se formou, eu não lembrava. Soldado Pinheiro agora. Ao menos a tia Manu da portaria, do alto dos seus 150 anos (desconfio) permanece lá, não tão intacta, mas fiel. Entrei, e cara, uma PIAZADA tinha tomado conta do pátio. São os novos alunos e tal. Não vi Yuri, nem Raquel, nem Amanda. Na hora me lembrei de uma peça de teatro e cheguei à conclusão que todos os atores principais do meu teatro já tinham encenado suas partes, e agora quem estava no palco eram os atores que pra mim sempre foram só coadjuvantes. Quase bati de frente com um cara da minha altura, cabeça raspada e cara de mau, que me olhou e me deu um abraço! 'E AÍ MANO', me disse. Mas não, tá errado. Quem me dizia isso era o Jonathan, um piazinho que era pouco mais alto que a minha cintura e tinha cabelos loirinhos caídos, com cara de criança. Bom, era ele. As minas que eu via antigamente, com meia rosa e mochila da Barbie, hoje são mulherões com peitão, bundão e corpinho sarado. CARALHO, COMO? DESDE QUANDO?
Voltei pra casa pensando nisso. Meu tempo passou cara, minha vida é outra. Vou parar de implicar até com Cine, não é mais pra mim.
Eu sinto saudade.

Fiquei velho, cara.